Foto: Beto Albert (Arquivo/Diário)
O Diretório Central de Estudantes (DCE) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) divulgou, na tarde desta segunda-feira (6), uma nota pública de repúdio às ameaças recebidas pela instituição no fim de semana. As mensagens, enviadas por e-mail a diferentes setores da universidade, continham teor racista, homofóbico e misógino, além de uma montagem digital com a frase “chacina na UFSM” ao lado da imagem de uma arma.
Na nota intitulada “Não passarão!”, o DCE afirma que as ameaças têm como alvo estudantes negras e negros, LGBTs, indígenas e cotistas, e representam “uma realidade enfrentada há muitos anos”, marcada por discursos de ódio e tentativas de intimidação. O texto reforça que o movimento estudantil “não abaixará a cabeça” e seguirá defendendo a pluralidade e a inclusão dentro da universidade.
“Graças às lutas que travamos, a UFSM vem há décadas se pintando de povos. Esse é um dos maiores legados que nossa universidade possui, e é isso que seguiremos defendendo. A quem acha que irá nos causar medo através de covardes ameaças, não terá sucesso”, afirma o DCE, que também informou estar em contato direto com a Reitoria desde o domingo (5), acompanhando as medidas de segurança adotadas.
Conforme nota oficial publicada pela UFSM na manhã desta segunda-feira, a instituição acionou imediatamente a Brigada Militar, a Polícia Civil e a Polícia Federal após tomar conhecimento dos e-mails. A equipe de vigilância da universidade também foi comunicada, e o Gabinete do Reitor segue monitorando as investigações.
Em comunicado, o gabinete informou ainda que as atividades na UFSM seguem normalmente e alertou a comunidade acadêmica para evitar a disseminação de informações falsas:
“As atividades estão mantidas, e pedimos cuidado com fake news geradas a partir dessa pauta. A comunicação oficial da UFSM é feita pelo site e redes sociais do Gabinete do Reitor e da universidade".
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